Descrição: Continuação da parte um, na qual examinamos dos mitos quatro ao dez.
Por Aisha Stacey (© 2017 IslamReligion.com)
4.O Islã não tolera outras fés e crenças.
Historicamente o Islã sempre respeitou e manteve o princípio de liberdade de religião. O Alcorão e outros textos, inclusive as tradições do profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, pregam tolerância em relação a outras religiões e não crentes. Não muçulmanos que vivem sob governo muçulmano têm permissão de praticar sua religião e até de ter seus próprios tribunais.
5.O Islã só começou há 1.400 anos.
A palavra raiz do Islã (sa-la-ma) é a mesma que é compartilhada com a palavra árabe que significa paz e segurança – salam. Em essência, Islã significa submissão à vontade de Deus e abrange a paz e segurança que derivam de viver a vida de acordo com a vontade de Deus. Assim, ao longo da história qualquer um que praticou o monoteísmo se submetendo à vontade de Deus é considerado muçulmano. Seres humanos têm praticado o Islã desde a criação de Adão. Em todas as épocas Deus enviou profetas e mensageiros para guiar e ensinar seu próprio povo. A mensagem principal de todos os profetas sempre foi que só existe um Deus verdadeiro e único e que somente Ele deve ser adorado. Esses profetas começam com Adão e incluem Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, João Batista e Jesus, que a paz esteja sobre todos eles. Deus diz no Alcorão Sagrado:
“E não enviamos antes de ti (Muhammad) Mensageiro algum sem que lhe revelássemos que: Não há outra divindade além de Mim. Adora-Me, e serve-Me!” (Alcorão 21:25)
Entretanto, a mensagem verdadeira desses profetas foi perdida ou corrompida com o passar do tempo. Até os livros mais recentes, o Torá e o Evangelho, foram adulterados e, assim, perderam sua credibilidade para guiar as pessoas para o caminho certo. Portanto, 600 anos depois de Jesus, Deus reviveu a mensagem perdida dos profetas anteriores enviando o profeta Muhammad com Sua revelação final, o Alcorão Sagrado, para toda a humanidade. Deus Todo-Poderoso diz no Alcorão:
“E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos; porém, a maioria dos humanos o ignora.” (Alcorão 34:29)
“E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.” (Alcorão 3:85)
6.Muçulmanos não acreditam em Jesus.
Os muçulmanos amam todos os profetas. Rejeitar um é rejeitar o credo do Islã. Em outras palavras, os muçulmanos acreditam, amam e respeitam Jesus, que é conhecido em árabe como Issa. A diferença é que os muçulmanos entendem seu papel de acordo com o Alcorão e as tradições e ditos do profeta Muhammad. Não acreditam que Jesus seja Deus, nem o filho de Deus e não acreditam no conceito de Trindade.
Três capítulos do Alcorão destacam a vida de Jesus, sua mãe Maria e sua família, e cada um revela detalhes da vida de Jesus que não são encontrados na Bíblia. Os muçulmanos acreditam que ele nasceu da virgem Maria de um nascimento milagroso, sem um pai e nunca reivindicou ser o filho de Deus ou disse que devia ser adorado. Os muçulmanos também acreditam que Jesus retornará para a terra nos últimos dias.
7.O profeta Muhammad escreveu o Alcorão.
Essa alegação foi feita pela primeira vez pelos oponentes do profeta Muhammad. Estavam desesperados para proteger seus interesses que estavam sendo deixados de lado pelo Islã e tentavam espalhar dúvida sobre a autoria divina do Alcorão.
O Alcorão, foi revelado ao profeta Muhammad, pelo anjo Gabriel, ao longo de 23 anos. O próprio Deus aborda a afirmação no Alcorão.
“E, quando lhes são recitados os Nossos lúcidos versículos, os incrédulos dizem, da verdade que lhes chega: Isto é pura magia! Ou dizem: Ele o forjou!” (Alcorão 46:7–8)
Além disso, o profeta Muhammad era um homem iletrado, incapaz de ler ou escrever. Deus também diz no Alcorão:
“E nunca recitaste livro algum antes deste…” (Alcorão 29:48)
O Alcorão está cheio de fatos surpreendentes. Para provar que o profeta Muhammad não escreveu o Alcorão, perguntamos como um homem do século sete EC podia saber coisas que só recentemente foram aceitas como verdades científicas. Como podia saber como as nuvens de chuva e o granizo se formam ou que o universo está em expansão? Como foi capaz de descrever em detalhes os estágios diferentes do desenvolvimento de um embrião sem invenções modernas como a máquina de ultrassom.
8.A lua crescente é um símbolo do Islã.
A comunidade muçulmana liderada pelo profeta Muhammad não tinha um símbolo. Caravanas e exércitos usavam bandeiras para propósito de identificação, mas era uma cor sólida, geralmente preto ou verde. Os muçulmanos não têm um símbolo representando o Islã da forma como a cruz representa o Cristianismo ou a estrela de Davi representa o Judaísmo.
O símbolo da lua crescente historicamente foi associado com os turcos e antes do Islã era uma característica de suas moedas. A lua crescente e a estrela se tornaram afiliadas ao mundo muçulmano quando os turcos conquistaram Constantinopla (Istambul) em 1453 EC. Escolheram tomar a bandeira e o símbolo existentes da cidade e torná-los o símbolo do império otomano. Desde aquela época o crescente foi adotado por muitos países predominantemente muçulmanos e erroneamente tornou-se conhecido como símbolo da fé islâmica.
9.Muçulmanos adoram um deus lua.
Pessoas mal informadas às vezes referem-se a Allah como uma interpretação moderna de um antigo deus lua. Isso é categoricamente falso. Allah é um dos Nomes de Deus e é chamado por esse nome por todas as pessoas de língua árabe, inclusive números significativos de cristãos e judeus. Allah não está de forma alguma associado com adoração à lua ou deuses lua.
Há pouca informação sobre a religião dos árabes antes do profeta Abraão, mas não há muita dúvida de que os árabes erradamente adoravam ídolos, corpos celestes, árvores e pedras. As deidades mais populares eram conhecidas como Manat, al-Lat e al-Uzza, mas não há evidência vinculando-as com deuses lua ou com a lua.
10.Jihad significa Guerra Santa.
A palavra árabe para guerra não é jihad. O uso das palavras “guerra santa” por pessoas desinformadas pode ter sua base no uso cristão do termo durante as Cruzadas. O termo Jihad é a palavra árabe que significa esforço ou se empenhar. Geralmente é descrita como tendo vários níveis. Primeiro, um esforço interno contra o próprio ego para se aproximar de Deus. Segundo, um esforço para construir uma comunidade muçulmana baseada em justiça social e direitos humanos. Terceiro, é um esforço militar ou armado.
O esforço armado pode ser defensivo ou ofensivo. O jihad defensivo é empreendido quando terras muçulmanas são invadidas ou as vidas, bens e honra das pessoas estão ameaçados. Os muçulmanos enfrentam o inimigo invasor em legítima defesa. No jihad ofensivo são combatidos os que se opõem ao estabelecimento de governo islâmico e ao Islã alcançar as pessoas. O Islã é uma misericórdia para toda a humanidade e veio para tirar as pessoas da adoração de pedras e humanos para a adoração ao Único e Verdadeiro Deus, da opressão e injustiças de cultura, pessoas e nações para a igualdade e justiça do Islã. Uma vez que o Islã se torna acessível para as pessoas, não há compulsão em aceitá-lo – é decisão delas.