O Retorno de Jesus (parte 4 de 5)

Por Jeremy Boulter (© 2009 IslamReligion.com)

Descrição: Depois do Falso Messias; a anulação das falsas religiões do povo do livro, o estabelecimento da nação de Deus sob Jesus, e a invasão de Gog e Magog.

O Estabelecimento da Nação de Deus sob Jesus

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A morte do Falso Messias traumatizará os cristãos e judeus que o tinham seguido, porque isso lhes revelará que ele não era quem alegava ser.  De fato, o papel de Jesus em sua derrota convencerá a maioria dos cristãos sobreviventes, pelo menos, de que o Falso Messias tinha sido o Anticristo profetizado em suas próprias escrituras.  O Profeta do Islã, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse:

“O filho de Maria descerá entre vocês em breve e os julgará de forma justa (de acordo com a Lei de Deus[1]): quebrará as cruzes e matará os porcos…” (Saheeh Al-Bukhari)

O quebrar das cruzes pode ser figurativo ou literal: a destruição de ídolos erigidos nas igrejas e a remoção de cruzes de seus campanários, assim como a proibição do uso de cruzes pessoais como símbolos da religião; ou a destruição do mito de que foi executado pelos romanos em uma cruz na instigação feita pelos judeus.  Da mesma forma, a matança de porcos pode ser literal e figurativa: conduzir literalmente uma campanha para matar todos os porcos para que o consumo de sua carne se torne impossível, permitir que sejam mortos ou simplesmente impor novamente a proibição de Deus feita desde tempos imemoriais[2] em relação ao consumo de sua carne, forçando os criadores de porcos a se livrarem de sua criação por sua inutilidade.  De fato, duas das principais práticas cristãs serão removidas, indicando que a religião como ensinada por cristãos modernos será extinta, fazendo um retorno à religião como pretendida originalmente (Islã).

“… e não haverá Jizya.”(Saheeh Al-Bukhari)

Além disso, depois da grande perda de vidas entre os judeus, a morte de seu líder provará que ele foi uma falsa esperança.  É provável que a alegação de divindade do Falso Messias semeie dúvidas em seus corações, e quando Jesus anunciar que a Jizya[3]não será mais um meio através do qual os não-muçulmanos poderão evitar a submissão à vontade de Deus, eles estarão prontos para abrir mão da orientação de seus rabinos em favor do retorno à orientação[4] de Deus.  O fato de que nenhuma Jizya será aceita sublinha a abolição de todas as religiões, exceto uma.  Será exigido que o Povo do Livro siga a Lei do Islã que Jesus imporá.  Os obstinados que se recusarem serão perseguidos e mortos, ao invés de terem permissão de continuar em sua crença obsoleta.

“A hora não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e os matem.  Os judeus buscarão abrigo atrás de pedras e árvores, mas a pedra ou a árvore falará: “Ó servo de Deus, existe um judeu [obstinado] atrás de mim, venha e mate-o!”  Mas a árvore de Gharqad não falará, porque é parcial em relação aos judeus.” (Saheeh Muslim)

Não há menção nesse ponto em relação ao destino daqueles que não são nem muçulmanos nem do Povo do Livro, mas acreditamos que alguns deles também ficarão sobre o governo de Jesus, ou morrerão.  Talvez outros sejam destruídos por aqueles que são referidos como Gog e Magog.

A Invasão de Gog e Magog[5]

Quem são exatamente Gog e Magog não se sabe, embora seja sabido de um hadith, encontrado nos dois principais livros de narrações autênticas (Saheeh Al-Bukhari e Saheeh Muslim), que são das nações da humanidade[6].  Sobre eles, o Alcorão diz:

“Até que chegou a um lugar entre duas montanhas, onde encontrou um povo que mal podia compreender uma palavra.  Disseram-lhe: Ó Zul Carnain!  Gog e Magog são devastadores na terra. Queres que te paguemos um tributo, para que levantes uma barreira entre nós e eles?” (Alcorão 18:93-94)

Depois de Zul Carnain executar seu pedido (sem determinar tributo), ele lhes disse:

“Esta muralha é uma misericórdia de meu Senhor. Porém, quando chegar a Sua promessa, Ele a reduzirá a pó, porque a promessa de meu Senhor é infalível. Nesse dia, deixaremos alguns deles insurgirem-se contra os outros…” (Alcorão 18:98-99)

Isso significa que será um povo que não está sob a jurisdição de Jesus quando ele aceita o compromisso de ex-judeus e cristãos.   E Gog e Magog serão a ameaça final aos crentes antes de seu reinado de paz.  Novamente, o Alcorão diz:

“Até o instante em que for aberta a barreira do (povo de) Gog e Magog e todos se precipitarem por todas as colinas, e aproximar a verdadeira promessa. E eis os olhares fixos dos incrédulos, que exclamarão: Ai de nós! Estivemos desatentos quanto a isto; qual, fomos uns iníquos!” (Alcorão 21:96-97)

Nem mesmo Jesus será capaz de resistir à vinda de Gog e Magog, porque atropelarão a terra de forma destrutiva, como gafanhotos.

Abu Sa’id al-Khudri relatou que o profeta, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse que somente os muçulmanos que se retirarem para suas cidades e fortalezas com seu gado e ovelhas sobreviverão ao ataque violento.[7]  Também é dito:

Deus revelará a Jesus, filho de Maria: “Trouxe um povo dentre Minhas criaturas que ninguém será capaz de combater.  Leve meus adoradores em segurança para o Monte Tur.” (Saheeh Muslim)

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Gog e Magog serão tantos que quando os últimos do bando passarem através do leito de um lago de cuja água a primeira fileira bebeu, dirão: ‘Costumava haver água aqui.’  Todos que não sejam de seu bando, exceto os muçulmanos em suas fortalezas e refúgios, serão mortos, e o bando declamará: ‘Derrotamos o povo da terra.  Agora só existe o povo dos céus [para derrotarmos]’.  Nesse momento, alguém lançará uma flecha para o céu e ela cairá de volta na terra manchada de sangue.[8]

Embora Gog e Magog pensem que conseguiram a vitória, sua ostentação será sua queda, porque o sangue em suas armas será um teste de Deus.  O próximo artigo lidará com como Gog e Magog serão derrotados, e o que acontece depois disso.

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