O ADMIRÁVEL ALCORÃO (PARTE 2 DE 9)

  • Por Dr. Gary Miller (editado por www.islamhouse.com
  • Descrição: Uma série de artigos que compelem o leitor a meditar sobre as maravilhas do Alcorão.  Parte 2: Por que o Alcorão não é um produto do profeta Muhammad e a oferta do Alcorão de testes de falsificação.

  • O profeta Muhammad e o Alcorão

    Se alguém supõe que o Alcorão é um produto da mente de um homem, então deveria esperar que ele refletisse algo se passando na mente do homem que o “compôs”.  De fato, certas enciclopédias e vários livros alegam que o Alcorão foi um produto de alucinações que Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, sofreu.  Se essas alegações fossem verdadeiras – se ele de fato se originasse de alguns problemas psicológicos na mente de Muhammad – então a evidência disso seria aparente no Alcorão.  Existe tal evidência? Para determinar se existe ou não, deve-se primeiro identificar que coisas estariam se passando em sua mente na época e, então, buscar por esses pensamentos e reflexões no Alcorão.

    É de conhecimento geral que o profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, tinha uma vida muito difícil.  Todas as suas filhas morreram antes dele exceto uma e ele teve uma esposa de muitos anos que era muito querida e importante para ele, que não só morreu antes dele, mas em um período muito crítico da vida dele.  Ela era de fato uma grande mulher. Quando ele recebeu a primeira revelação correu para casa, para ela, com medo.  Certamente mesmo hoje você teria dificuldade em encontrar um árabe que lhe diria: “Estava com tanto medo que corri para casa, para minha esposa.” Eles simplesmente não eram assim.  Ainda assim, Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, se sentia confortável o suficiente com sua esposa para ser capaz de fazê-lo.  Isso demonstra o quanto ela era uma mulher forte e influente.  Embora esses exemplos sejam apenas uns poucos dos assuntos que estavam na mente de Muhammad, são suficientes em intensidade para provar meu ponto.

    O Alcorão não menciona nenhuma dessas coisas – nem a morte de seus filhos, a morte de sua amada companheira e esposa, nem seu temor das revelações iniciais, que ele tão belamente compartilhou com sua esposa – nada. Ainda assim esses tópicos devem tê-lo magoado, incomodado e provocado dor e sofrimento durante períodos de sua vida.  Se o Alcorão fosse um produto de suas reflexões psicológicas esses assuntos, assim como outros, seriam predominantes ou, pelo menos, mencionados em detalhes.

    Abordagem científica ao Alcorão

    É possível uma abordagem verdadeiramente científica ao Alcorão porque ele oferece algo que não é oferecido pelas outras escrituras religiosas, em particular, e outras religiões, em geral.  É o que os cientistas exigem.  Hoje existem muitas pessoas que têm ideias e teorias sobre como o universo funciona.  Essas pessoas estão em todos os lugares, mas a comunidade científica não se importa em ouvi-las.  Isso porque no último século a comunidade científica tem demandado um teste de falsificação.  Dizem: “Se você tem uma teoria não nos incomode com ela a menos que traga junto uma forma de provarmos se você está ou não errado.”

    Foi por causa desse teste que a comunidade científica ouviu Einstein no início do século.  Ele veio com uma teoria nova e disse: “Acredito que o universo funciona dessa forma e aqui estão três maneiras de provar se estou errado!” Então a comunidade científica submeteu sua teoria aos testes e dentro de seis anos ela passou em todos os três.  Claro, isso não prova que ele era ótimo, mas prova que merecia ser ouvido porque disse: “Essa é minha ideia e se quiser tentar provar que estou errado, tente isso ou aquilo.”

    Isso é exatamente o que o Alcorão tem – testes de falsificação.  Alguns são antigos (no que já se provou ser verdadeiro) e alguns ainda existem hoje.  Basicamente ele afirma: “Se este livro não é o que afirma, então tudo que vocês têm a fazer é isso ou isso ou aquilo, para provar que é falso.” Em 1.400 anos ninguém foi capaz de fazer “isso, ou isso ou aquilo” e, assim, ainda é considerado verdadeiro e autêntico.

    Teste de falsificação

    Sugiro a você que da próxima vez que entrar em uma disputa com alguém sobre o Islã e ele afirmar que tem a verdade e você está na escuridão, a princípio deixe todos os outros argumentos e faça essa sugestão.  Pergunte a ele: “Há algum teste de falsificação em sua religião? Há alguma coisa na sua religião que provaria que está errado se eu pudesse provar a você que isso existe – qualquer coisa?”  Bem, posso prometer agora que as pessoas não terão coisa alguma – nenhum teste, prova, nada! Isso porque não têm a ideia de que devem não só apresentar o que acreditam, mas também oferecer aos outros uma chance de provar que estão errados.  Entretanto, o Islã faz isso.

    Um exemplo perfeito de como o Islã fornece ao homem uma chance de verificar sua autenticidade e “provar que está errado” ocorre no capítulo 4.  E, honestamente, fiquei muito surpreso quando descobri esse desafio.  Afirma (Alcorão 4:82):

    “Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.”

    Esse é um desafio claro aos não-muçulmanos.  Basicamente, convida-os a encontrar um erro.  De fato, deixando de lado a seriedade e dificuldade do desafio, para começar a apresentação de tal desafio não é de natureza humana e é inconsistente com a personalidade de um homem.  Não se faz uma prova na escola e, depois de concluí-la, se escreve uma nota para o instrutor no final dizendo: “Essa prova é perfeita.  Não existem erros nela.  Encontre um, se puder!” Não se faz isso.  O professor não dormiria até encontrar um erro! E, ainda assim, essa é a forma como o Alcorão aborda as pessoas.

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